O que é ?


A AFLORE (Associação Florescendo a Vida de familiares, amigos e usuários dos serviços de Saúde Mental de Campinas), existe desde 2 dezembro de 2005 e busca através da realização de ações e atividades educativas, culturais, de reinserção social e capacitações, dar suporte aos usuários da saúde mental, familiares e demais pessoas ou entidades que desenvolvam atividades semelhantes as preconizadas pela associação ou que necessitem de apoio. A Associação surgiu a partir da iniciativa de familiares, usuários e profissionais, da cidade de Campinas, sensibilizados pela causa e que buscavam novas alternativas e atividades que contemplassem a necessidade dos usuários da saúde mental e suas famílias, pois era extremamente importante que esta população conseguisse se fazer representada, seja em espaços formais de representação como conselhos locais das unidades de saúde onde fazem tratamento ou demais espaços e fóruns representativos da área da saúde, bem como outros fóruns que envolvam demais atores sociais, como entidades ou organizações da sociedade civil e do poder público que estejam interessadas em contribuir para a construção de um modelo social mais justo e igualitário.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Divulgação


Divulgando chamada de Assembleia Popular em Campinas. Dia 30/06/2013, este domingo agora, no Teatro de Arena do Centro de Convivência (bairro Cambuí).

Passando o Chapéu!


 
A AFLORE é uma associação composta por usuários de serviço de saúde mental, familiares e amigos. existimos há 8 anos e o caráter da atuação é principalmente de autuação política, defendendo os direitos dos usuários. Há 5 anos fomos convidados pelo grupo Interfaces-Unicamp para participar de uma pesquisa. Foi uma experiência transformadora! Ensinamos o pessoal da universidade sobre a nossa realidade, e pudemos aprender com os pesquisadores e os outros usuários que participaram desta pesquisa mais sobre os nossos direitos, sobre o nosso tratamento e sobre a gestão da nossa medicação. 
Agora essa pesquisa terá uma nova etapa: alguns de nós conseguiram financiamento para ir conhecer ao vivo e a cores algumas das experiências e usuários que estudamos neste tempo! Lá no Canadá! Nos enchemos de alegria com essa possibilidade! Mas o financiamento que conseguimos não consegue cobrir a ida de todos nós! Foi difícil escolher quem vai: achamos que todos nós teríamos o direito de ir, todos participamos da pesquisa! Então decidimos arregaçar as mangas e passar o chapéu! Estamos pedindo ajuda de 10 mil reais para comprarmos 3 passagens para podermos todos juntos continuar a construção que começamos juntos!
Se fossemos pesquisadores reconhecidos pela academia, poderíamos pedir a verba para as agências de fomento académicas, mas como somos pesquisadores militantes, usuários, participantes da pesquisa sobre a nossa própria realidade, não somos reconhecidos (ainda) por essas agências. Então estamos pedindo a você, que acredita na luta antimanicomial, na real extensão universitária, que nos ajude a participar desta etapa de fechamento desta pesquisa que foi e é tão importante e transformadora para nós! 
Em breve estaremos "passando o chapéu" através do site de crowdfunding catarse.me ! Aguarde as novidades e ajude a divulgar!
Para mais informações sobre a AFLORE acompanhe nossa página no facebook.
Para mais informações sobre a pesquisa acesse: http://www.fcm.unicamp.br/interfaces/ ou http://www.aruci-smc.org/



Estudo inédito no Brasil – Reflete sobre o tratamento de transtornos mentais na rede pública de saúde e adapta Guia internacional de medicação para o País
       Em uma época marcada pelo uso crescente de psicofármacos no tratamento de transtornos mentais e pelo fenômeno da transformação de comportamentos extravagantes em distúrbios psiquiátricos, um estudo inédito no Brasil, realizado entre os anos de 2008 e 2010 buscou compreender como se dá a prescrição dos psicofármacos no contexto de um país em desenvolvimento.
          Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Brasil, e pelo Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC), do Canadá, o estudo também teve como objetivo adaptar para a realidade brasileira o Guia de Gestão Autônoma da Medicação criado no Canadá na década de 90. 
A pesquisa envolveu quatro universidades – UNICAMP, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além de usuários dos serviços públicos de saúde mental e seus familiares, pesquisadores da área, residentes de psiquiatria, estudantes de graduação e pós-graduação, multiprofissionais e gestores da saúde.
 O Guia da Gestão Autônoma da Medicação no Brasil (GGAM – BR) foi idealizado com o propósito de estimular a participação do usuário de psicofármacos na decisão sobre se quer ou não aderir à intervenção medicamentosa e de que forma, garantindo, assim o respeito à cidadania de uma população que sofre com o estigma e a marginalização.
 Desenvolvido a partir de narrativas colhidas durante dez meses, em reuniões organizadas na forma de Grupos de Intervenção (GIs)nas cidades de Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Novo Hamburgo (RS), o Guia GAM – BR demonstra ser uma ferramenta potente na qualificação do uso responsável de psicofármacos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
 O Guia foi construído de forma colaborativa entre os diversos atores que integram a rede pública de saúde mental no Brasil, e não apenas democratiza as informações sobre interações e prescrições medicamentosas como estimula uma reflexão do indivíduo que sofre de transtornos mentais sobre o tratamento e a qualidade de vida, sua rede social e seus direitos.
 O Guia GAM-BR já está disponível aqui no site do Grupo de Pesquisa Interfaces. VEJA AQUI O GUIA GAM.

Conheça os grupos envolvidos:

Grupo de pesquisa Saúde Coletiva e Saúde Mental : INTERFACES 
Departamento de Saúde Coletiva - Universidade Estadual de Campinas
Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, Cidade Universitária
Campinas SP, Cep: 13083-887 - Telefone: 19 3521-9574   

Campinas SP - Telefone: 19 3266-8006

Laboratório de Psicopatologia e Subjetividade
Instituto de Psiquiatria (IPUB) - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. Venceslau Brás, 71 Fundos
Rio de Janeiro RJ - CEP: 22290-140

 Programa de Pós Graduação em Psicologia - Estudos da Subjetividade
Departamento de Psicologia - Universidade Federal Fluminense
Campus do Gragoatá, s/n Bloco O, segundo andar
Rio de Janeiro, RJ, Cep: 24210-350 - Fone: (21) 2205-3578

Núcleo Dispositivos Clínicos e Políticas Públicas
 PPG em Psicologia Social e Institucional e Depto de Psicanálise e Psicopatologia - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Rua Ramiro Barcelos, 2600 - Sala 136
Porto Alegre RS, CEP: 90035-003

NOTA PÚBLICA: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA SE MANIFESTA CONTRA A APROVAÇÃO DO ATO MÉDICO

Compartilhando nota do CRP sobre o ato médico!
Não queremos um sistema de saúde medicocentrado!
VETA DILMA!



NOTA PÚBLICA: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA SE MANIFESTA CONTRA A APROVAÇÃO DO ATO MÉDICO

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) se manifesta, mais uma vez, contrariamente à aprovação do Projeto de Lei Suplementar (PLS) nº 268/2002, que dispõe sobre o exercício da Medicina, conhecido como Ato Médico. O dispositivo fere não somente a profissão, mas todo o paradigma de saúde que o Brasil conquistou na construção do Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecendo a ideia de que a saúde é uma construção multisetorial. O projeto está para ser votado no Senado amanhã (18/6) e não há consenso entre os parlamentares! Não é possível que avance desta forma. 

Desde o início de sua tramitação, o CFP e diversas categorias da saúde pública no Brasil se mobilizaram pela não aprovação da matéria, que interfere no exercício de outras profissões da saúde.

As ações mais recentes incluem um pedido, realizado em 13 de 
junho pelo Fórum dos Conselhos das Profissões da Área da Saúde (FCPAS), em reunião com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, a reforma do artigo 4º - o qual estabelece que as competências privativas da atividade médica sejam limitadas à sua área de atuação, a fim de evitar a insegurança jurídica para as demais atividades de saúde. 

As entidades defendem que o Estado não pode atribuir ao médico a função do diagnóstico nosológico e da prescrição terapêutica em áreas nas quais não possui habilitação. É importante frisar que não há posicionamento contrário à regulamentação da Medicina. Os médicos podem e devem trabalhar para que a sociedade reconheça as competências específicas destes profissionais. No entanto, isto não pode ser feito em detrimento de qualquer outra profissão na área da saúde.

O PL pretende tornar privativo da classe médica todos os procedimentos de diagnóstico sobre doenças, indicação de tratamento e a realização de procedimentos invasivos e, ainda, a possibilidade de atestar as condições de saúde, desconsiderando a trajetória das demais profissões que constituem o cenário da saúde pública na ótica do SUS. 

Igualmente, torna privativa do médico a chefia de serviços, indicando uma hierarquização que não corresponde aos princípios do trabalho multiprofissional que precisa ser construído na saúde. O PL coloca em evidência o interesse corporativo por reserva de mercado. Haja vista que teve origem na Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.627/2001, cujo texto elucida o tema. 

O projeto, além de prejudicar a autonomia de cada profissão, impede a organização de especialidades multiprofissionais em saúde. Milhões de usuários sabem os benefícios do SUS e reconhecem o valor de todos os profissionais no cotidiano das unidades de saúde. Hoje, uma série de políticas públicas de saúde, como Saúde Mental, Atenção Básica e outras oferecidas à população, contam com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada. As equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e de doença para chegar à melhor intervenção. Os usuários não podem ser penalizados desta forma, perdendo esta possibilidade. 

Desde que o Projeto de Lei do Ato Médico foi apresentado pela primeira vez no Senado Federal, em 2002, o CFP luta e se mobiliza para que o PL não seja aprovado da forma como está, uma vez que restringe a atuação dos outros profissionais da área e cria uma hierarquização em detrimento da multidisciplinaridade consagrada pelo SUS. 

Ao longo deste período, em conjunto com os Conselhos Regionais e outros conselhos da saúde, participou de inúmeras manifestações. Esse cenário constitui uma atuação histórica, destacada na defesa de temas de interesse coletivo e não corporativos na área da saúde, como é o caso do PL do Ato Médico. 

O CFP sempre esteve à frente das manifestações contra a aprovação desse PL, e permanecerá. Já reuniu milhares de pessoas em atos realizados em diversas cidades e capitais brasileiras, realizados constantemente desde 2004. As entidades da Psicologia continuarão em vigília e mobilizado a sociedade para que o PL não seja aprovado na forma como está, o que causaria grandes danos à sociedade brasileira, à medida que impede o atendimento integral à saúde da população! O Ato Médico faz mal à saúde.

Apelamos para a retirada de pauta, tendo em vista que há possibilidade do presidente do Senado mediar uma solução de consenso das profissões da área da saúde, que garanta a regulamentação da medicina, a regulamentação e a autonomia das demais profissões e, principalmente, o SUS.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA

Compartilhe! http://site.cfp.org.br/nota-publica/